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Mescalina

MAO

DAO

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3,4,5-Trimetoxifenilacetaldeíodo

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Ácido 3,4,5-trimetoxifenilacético

(inativo)

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Desmetilação

Ácido 3,4-Dihidroxi-5-metoxifenilacético

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Ácido 3,4,5-trimetoxibenzóico

Glutamina-N-acetiltransferase

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3,4,5-Trimetoxifeniletanol

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3,4-Dihidroxi-5-metoxifenacetilglutamina

Figura adaptada de [1].

INGESTÃO

A mescalina é administrada geralmente por via oral, mas também pode ser fumada ou inalada [1].

METABOLIZAÇÃO

É metabolizada no fígado pela mescalina oxidase, podendo sofrer reações de O-dimetilação, N-acetilação e oxidações no grupo amina, dando origem a numerosos metabolitos ativos:

  • 3,4,5-trimetoxifenilacetico (27-30%);

  • N-acetil-β-(3,4-dimetoxi-5-hidroxipenil) etilamina (5%);

  • N-acetilmescalina (<0.1%) [2,3].

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METABOLIZAÇÃO

N-acetilação da mescalina é a principal via metabólica de destoxificação no cérebro [1].

ABSORÇÃO

A mescalina contida no Peiote é rapidamente absorvida depois de ingerida e demora cerca de 30 minutos a 2 horas a exercer efeitos. O seu pico no sangue ocorre 2 horas após ingestão [2].

A mescalina é tipicamente ingerida na forma de comprimidos, ou mais comumente os "botões" do cacto são mastigados ou são preparadas infusões. Através desta via são ingeridos cerca de 200 a 400 mg de sulfato de mescalina, sendo que esta quantidade está contida em 3 a 6 "botões" do cacto ou em 10 a 20 g de Peiote seco [1]São necessárias doses elevadas de mescalina para produzir um efeito psicadélico, devido à sua baixa potência mas também devido à sua natureza polar. Devido à sua baixa lipofilia, é muito difícil atravessar a BHE, sendo por isso necessárias doses muito elevadas para produzir efeitos a este nível [3].

A mescalina sofre destoxificação maioritariamente por desaminação oxidativa dando origem a um intermediário instável, 3,4,5-trimetoxifenilacetaldeido, que é rapidamente oxidado em TMPA inativo ou sofre redução a 3,4,5-trimetoxifeniletanol (inativo). A enzima responsável pela desaminação ainda é controversa, mas pensa-se que poderá ser uma monoaminaoxidase (MAO) ou uma diaminaoxidase (DAO). O TMPA inativo é metabolizado em ácido 3,4,5-trimetoxibenzóico ou pode sofrer desmetilação formando o ácido 3,4-dihidroxi-5-metoxifenilacetico, que posteriormente é conjugado com a glutamina, pela glutamina N-aciltransferase e é eliminado na urina [1].

EXCREÇÃO

Cerca de 81% de mescalina é eliminada na urina na primeira hora e 13% é excretada na forma de ácido 3,4,5-trimetoxifenilacetico (TMPA) [1].

Passe o rato 

Existe a hipótese da mescalina exercer efeitos neurotóxicos devido a sua conversão num catecol, precursor de uma o-quinona, que leva à formação de espécies reativas de oxigénio, e que consequentemente podem causar danos no DNA e proteínas [4].

Referências Bibliográficas

[1] Dinis-Oliveira, R. J., & Pereira, C. L. (2018). Pharmacokinetic And Pharmacodynamic Aspects Of Peyote And Mescaline: Clinical And Forensic Repercussions. Current molecular pharmacology. (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30318013)

[2] Mescaline - PubChem. Disponível em: https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Mescaline. (Acedido em: 1/04/2019)

[3] Dasgupta, A. (2017). Challenges in Laboratory Detection of Unusual Substance Abuse: Issues with Magic Mushroom, Peyote Cactus, Khat, and Solvent Abuse. In Advances in clinical chemistry (Vol. 78, pp. 163-186). Elsevier. (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28057187)

[4] Kovacic, P., & Somanathan, R. (2009). Novel, unifying mechanism for mescaline in the central nervous system: electrochemistry, catechol redox metabolite, receptor, cell signaling and structure activity relationships. Oxidative medicine and cellular longevity, 2(4), 181-190. (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2763256/

© 2019 by Ana Rita Gomes | Joana Cardoso | Nuno Guedes

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano letivo 2018/2019 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP). Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Professor Doutor Fernando Remião (remiao@ff.up.pt) do

Laboratório de Toxicologia da FFUP

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